sexta-feira, janeiro 18, 2008

Recaída

As gotas de orvalho que caiem das pétalas das flores
Cansadas do despertar de cada manhã
Estão cada vez mais dificeis de conter
De emitar que deslizem...

Cada romper da aurora é mais difícil
Pois o que se segue pouco tem de diferente
Tudo volta a acontecer, dia após dia
Sem que nada mude, só piore.

Lembro-me da tua mão outrora a tocar no meu rosto
Mas já não a sinto como sentia
Mal consigo recordar a tua face junto à minha
O teu cheiro mal é notado no ar.

O cansaço é evidente
A força vai-se perdendo
A solidão é constante
A esperança está a morrer...

Nada apaga o passado frio
Tudo faz relembrar o calor de ontem
A necessidade de sobreviver é muita
Mas a vontade cada vez menor

A força que vinha de ti deixou de aparecer
O desejo de um futuro diferente desapareceu
A clausura está a voltar
E a ansia de prosseguir já não é o que era

Gostava que continuasses a ser o Sol
O Sol que me aquecia
Que me voltou a ter vontade de lutar
E de abandonar maus caminhos

A perda está a ser enorme
A vontade de agarrar a vida nula
O sentimento de incapacidade é constante
A dor... essa não passa...